O bom escritor
Estúpido(a) quem acha que exacerbação textual é sinônimo de performance literária. Salvo engano. Percebe-se, antemão, um esgotamento e repetição vocabular quando se escreve demasiadamente. Os textos passam a não ter mais conteúdo, tornando-os fúteis ao bom leitor. Temas banais são redigidos pela falta de percepção, olhar crítico e bom senso, na ânsia em estabelecer metas através de coisa alguma. Por último, para fazer sentido naquilo que pensa, diz ou escreve é necessário que haja estilo, identidade, qualidade e significado.
Machado de Assis, o maior escritor brasileiro, escreveu ao longo de seus quarenta anos de literariedade dez romances, dez peças teatrais, duzentos contos, seiscentas crônicas e poemas. Sua não tão vasta obra sempre será exaltada pelo seu refinamento, estilo e criatividade.
Enfim, o bom escritor é aquele que desperta no leitor aquilo que ele carrega sentimentalmente na alma.