Aprender a (con)viver (BVIW)
E o que dizer da vida contemporânea? Que é uma realidade que escorre como se fosse águas de um rio e que se transforma quando encontra o mar. Neste mundo líquido[1] quase tudo muda com a influência das tecnologias, especialmente, a da informação, sendo esta quem guia os rumos da vida atualmente. Deste modo, o passado é apenas uma lembrança e o futuro, imprevisível. Há um contexto socioeconômico, cultural e político que é vulnerável, cuja certeza é a necessidade de nos adequarmos às rápidas mudanças e (re)aprender a viver com planos, sem prazos.
No modelo atual de sociedade, as relações humanas são frágeis e, mesmo que se saiba dos acontecimentos em tempo real, as distâncias também são reais entre as pessoas e os seus objetivos. O desenvolvimento que se almeja depende da capacidade de conviver com a diversidade de produtos e serviços, e a necessidade de preservação do ambiente. Os avanços da modernidade não foram capazes de encontrar estratégias para combater à fome e reduzir as desigualdades sociais. Ou seja, vive-se em mundo desregrado, com excessos de vaidades e falta de humanidade.
Então, o desafio da atualidade é aprender a (sobre)viver nesse contexto de egoísmo, individualismo, consumismo, narcisismo e racismo. É ter a capacidade de aprender a (con)viver em harmonia com as incertezas e as diversidades.
Iêda Chaves Freitas
32.02.2023
Tema da semana: Sobrevivência Contemporânea.
[1] Expressão usada por Zygmunt Bauman