ENTRA ANO
Francisco de Paula Melo Aguiar
Entra ano e sai ano e aquela população trabalhadora e ordeira que nasce, vive e mora naquela "pequena", porém, rica cidade paraibana, lugar que em si plantando tudo dá, não muda de fisionomia em termos estruturantes em nada.
A cidade não tem um hospital infantojuvenil, por exemplo.
Em um passado recente teve até um modesto Hospital Infantil, durante décadas, porém, fechou às portas porque era particular. Mesmo assim, prestou inestimável serviço às crianças santaritenses e da região da várzea da Paraiba e suas adjacências, claro, via o SUS e os convênios particulares.
Faz mais de uma administração e meia que a gestão pública atual fez a população santaritense sonhar que a cidade iria ter o seu "hospital infantojuvenil", claro, a ser projetado, construído e mantido com dinheiro público. Portanto, coisa do povo e com dinheiro do povo. E o povo acreditou, tanto é que o referido projeto a época serviu de "cavalo" de batalha para o proselitismo politico eleitoral argumentar no discurso em palanque que garantiu a vitória para o então candidato a prefeito ser eleito com mais de cinquenta e dois mil votos dos menos de noventa e poucos votos do terceiro maior colégioeleitoral da Paraiba. Desceu do palanque e não cumpriu as promessas. Quatro anos se passaram e o tempo foi pouco para fazer os alicerces do futuro "hospital" infantojuvenil, o que parece que aqui não nasce mais ninguém para precisar de atendimento médico e hospitalar infantojuvenil...
Veio a reeleição e o discurso foi o mesmo. Um desastre saiu das urnas, foi reeleito com menos de vinte mil votos da primeira eleição. Não perdeu as eleições em 2018 por causa da divisão local das candidaturas oposicionistas nanicas de plantão que somadas tiveram mais votos juntos do que o vitorioso na referida reeleição. Isso é fato.
E o Deus nos acuda às crianças continua até a presente data.
O prédio onde funcionará o "hospital infantojuvenil" não sai do lugar, não tem sombra própria para colher a população adulta aflita, desamparada e desassistida com os seus filhos, enquanto crianças nos braços... morrendo amingua na sarjeta das ruas públicas da cidades que amamos e nela moramos e pagamos nossos impostos caríssimo diretos e indiretos federais, estaduais e municipais.
E o hospital infantojuvenil, existe apenas no discurso que o tempo levou, ninguém tem notícia de sua inauguração para dar início ao atendimento das crianças locais ainda vivas, porque as que não resistiram o tempo, dormem nos campos santos existentes na cidade.
Então, entra ano e sai ano, cadê o Hospital Infantil de Santa Rita construído e mantido com dinheiro publico do povo santaritense?