Quando escrevo, definitivamente não estou bem

Quando escrevo, definitivamente não estou bem. Descasco um instante da madrugada e estendo um lençol em uma grama imaginária. Coloco os meus pensamentos um sobre o outro e me deito a tempo de assistir às estrelas. Um ano inteiro rebobinando em minha mente, toneladas de pensamentos despencam no gramado. O lençol é insuficiente, tive que catar cada pensamento, um por um, e isso se prolongou até os meus olhos se fecharem. Em um sonho, havia uma rua inteira, sem contar, claro, com uma galeria de arte para cada momento em que pintei o pôr do Sol. Não foram muitos, mas eles perduram até hoje.