NÃO PRECISA SABER, BASTA SER FAMOSO

Imaginar, sonhar, viajar na fantasia, criar os primeiros momentos e ações, definir os personagens e suas personalidades, além do papel a ser desempenhado por cada um na trama, esboçar suas reações, bolar as falas nas conversas que se desenrolarão, escavar situações , acordar no meio da noite para escrever um texto repentinamente desenvolvido enquanto sonhava, que se encaixa na história em andamento, e, ufa!, seguir essa rotina suada dia após dia é o cotidiano normal de qualquer escritor que ama sua arte.

Horas e horas, dias e dias, semanas e semanas, meses e até anos são gastos pelo artista das letras para, por fim, alcançar o último capítulo do livro, o epílogo e o ponto final. Finalizado o grande esforço, feita a revisão do próprio autor, obra pronta para o prelo, o que o escritor espera como recompensa após seu trabalho? Única e exclusivamente ser lido. Se alguns comprarem seu livro ele terá conseguido a cereja do bolo.

Mas o escritor brasileiro raramente consegue essa façanha, seu gigantesco esforço pouquíssimas vezes logra reconhecimento. Mesmo sendo talentoso, criativo e ainda que escreva Muito bem não adianta. Bom, se o autor for algum famoso nas redes sociais (pode até mesmo imitar focas), ator ou atriz de renome pode escrever qualquer livrinho ou livreco que auferirá lucro e elogios. A fama abre portas e conquista leitores. Porém para o anônimo "só lembranças e nada mais".

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 25/01/2023
Reeditado em 25/01/2023
Código do texto: T7703869
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