Rupturas (BVIW)
Encerrar ciclos faz parte da vida. A sabedoria popular já bem diz que "nada é para sempre" e que, seja bom ou ruim, "vai passar". Falando assim até parece simples, mas na prática, a mente humana ainda não administra de forma tão simplória as rupturas cotidianas.
Seja por desejo pessoal ou por infortúnios do acaso, lidar com o fim de amizades, relacionamentos amorosos, vínculos profissionais ou familiares, sempre nos movimenta e, por vezes, pode até desmontar a gente. A estabilidade de estar ao lado das pessoas com as quais sempre convivemos e já nos acostumamos gera satisfação e conforto e, ao se desfazer, nos põe à prova. Sim, quando chega o fim é hora de chorar o luto e vivenciar o pranto. Hora de rever convicções e delinear novas rotas não tão cheias de certezas como antes. Do rescaldo, encontrar renovo ou brasa para seguir, afinal, como dizia o Rosa em seu sertão " o correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta, o que ela quer da gente é coragem."
24/01/23