Segunda-feira.
Odeio escrever à mão. Minha letra é feia, desde o ensino fundamental. Pra desenhar sempre fui bem, tenho alguns quadros legais. Porém não tenho paciência.
Gosto de criar no teclado. Ainda estou namorando a máquina de escrever, mas é besteira. É muito mais fácil editar por aqui.
É melhor não comentar sobre o fim de semana, os fatos ainda estão muito frescos. Existe uma tensão sexual latente que não me deixou dormir direito. Mandei uma mensagem pra Lee por desencargo de consciência. Ela, muito educada como sempre, respondeu-me cordialmente.
Na caminhada matinal ouvi as notícias (primeiros cem dias de governo, as consequências de uma tentativa de golpe de Estado criminoso, expectativas de uma população estressada e desgastada por uma pandemia e pelo o pior presidente que a história contemporânea brasileira já viu, etc.) E lembrei delas. É minha maneira de não descambar no niilismo.
Lembrei da Anna, da Andressa, da Amanda, da Amélia, da Augusta... Quantas saudades.
Preciso de um pouco de café. Já é segunda e o mundo não vai esperar.