MITO E REALIDADE
Prof. Antônio de Oliveira
Fernando Pessoa versejou que o poeta é um fingidor.
O mundo da ficção, de que tanto fazemos uso como entretenimento, é uma espécie de ”parece mas não é”. Dispomos, em várias áreas, de obras de arte de ficção valiosíssimas.”
Poderosos não apenas têm, detêm poder. Ricos de dinheiro e carentes de solidariedade, precisam demonstrar poder. Tantas são as formas de tratamento do poder, reguladas pelo poder e servilmente por nós adotadas.
Somos servis por natureza, genética e gramaticalmente. Por acomodação e por interesse para conseguir as coisas sem méritos próprios, mas por medidas, providências, indicações de caráter paternalista ou de barganha, do tipo toma lá dá cá... Não seria esse vocabulário também um tipo de discriminação social e, portanto, politicamente incorreto ante o cenário do presépio, ou na visão do espelho natalino? Como se deturpam as coisas!... Como o mundo do poder e das excelências é vulnerável ao poder...
Ao mando pelo mando. Nisso conta muito o poder da palavra. A palavra é arma poderosa.
O Natal tem o condão de unir pessoas, famílias. Até momentos de cessar fogo entre nações beligerantes.
O Natal, embora deturpado na sua essência, mas frutífero na sua quintessência, é uma celebração, pode-se dizer universal. Tenhamos, portanto. um Natal esperançoso, cabendo-nos torcer pela paz como obra da justiça: “Opus justitiae pax”.
Feliz Natal e próspero 2023! Que os ares natalinos nos renovem no corpo e na alma, individual e coletivamente.