Independência pessoal
Infelizmente, a Nação inculta e que não cultiva o conhecimento de seu passado para aprender com ele, está sociologicamente fadada a continuar com problemas*.
É mito que o Brasil fora descoberto, se entendermos que descobrir é tirar a cobertura.
Pois bem, essas terras nunca fora escondidas, sempre estiveram a onde se encontra, em que pese ter sido visitada pela cultura Asteca, e nela terem deixado suas marcas e seus hábitos e costumes.
Até mesmo os Espanhóis por aqui passaram antes de Pedro Alvares Cabral.
Portanto o Brasil não foi descoberto, pois Ele já existia com seus povos originários, sua língua nativa, sua crença e seus costumes.
Foi invadido por colonizadores que espoliaram, degradaram os índios; pretendiam anular sua cultura, sua crença e sua família; forçada aos usos e costume europeus, através da força colonizadora.
Foi descoberto sim, o seu Pau-brasil, suas gemas, seus metais, sua flora e sua fauna.
Não bastasse o massacre, ainda importaram africanos miscigenando os intrusos com os escravizados e com os índios.
A Independência do Brasil se deve às políticas reinante e de uma serie de fatores, desde a Independência dos USA (4/07/1776), passando pela Revolução Francesa (14/07/1789), e a Guerra do Paraguai (26/12/1864).
A nossa independente de Portugal se deu pelo retorno do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, e ascensão de D. Pedro de Alcântara a Imperador do Brasil em 1822. Foi uma independência entre Nações.
Com a decadência do Império Brasileiro, num golpe militar, foi proclamada a Republica dos Estados Unidos do Brasil (15/11/1889), que pela nossa última Constituição de 1988, passou a chamar-se Republica Federativa do Brasil.
A Republica se fez em consequência ao processo abolicionista da escravidão.
O espirito Republicano tomou conta dos ideais democráticos. Embora independente do estrangeiro, ainda estava sujeita a Politica com golpes de estado como ocorrera no passado, quer seja da ditadura de Vargas, do Regime Militar, dos impeachment, tentativas de golpes a democracia hodierna.
Desde então, há 200 anos, ainda não fizemos a independência DA VIDA das pessoas, NEGRAS, LGBTQIAPN+, etc.
Temos a pobreza dependente de benesses; temos juventude vivendo a ignorância; temos operários dependente de emprego; temos as indústrias dependente de matéria prima; a lavoura dependente de insumos; comerciantes dependente de crédito. Precisamos fazer a independência das pessoas carentes de sua realizações.
Independência quer nos dizer liberdade não só financeira mas das amarras sociais; crendices religiosas; consumismo; clãs e tudo mais que domina, submete a vida das pessoas mal informadas serem cooptadas, submissas à classe dominante.
Não podemos nos acomodarmos numa classe favorecida em detrimento da desfavorecida, nem tampouco da classe abastada. Temos que ser desiguais entre os iguais para que todos tenham oportunidades iguais num país continental de costumes e culturas diferentes.
Sermos integrados nas redes de saúde e escolar, partícipes da cadeia de alimentação, é princípio sem o qual não seremos independentes como ouviram no Ipiranga às margens plácidas o grito de D. Pedro, que não ecoou nos governos subsequentes até os dias de hoje.
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil
(*) “O PAULISTA” – Informativo eletrônico do IHGGS e da AHIMTB/SP – NOVA FASE: (2022) - Setembro N.º 11