CRÔNICAS DE UMA RODOVIÁRIA
O que a cena descreve...
Aquela sensação de estar longe de casa... o cansaço e a espera à olhar a baia vazia do ônibus à pegar...
Mistura-se ao som mesclado dos motores, vozes, barulhos e passos...
Enquanto isso se pensa no conforto de sua casa, a sair desse banco duro e inexpressível, que é o de uma rodoviária!
Mas, por incrível que pareça, os bancos também ficam solitários nas caladas das noites e se solidariza com quem nem tem um teto, permitindo que se abrigue, deitando neles.
Quando o dia amanhece, lá estão eles... no mesmo lugar!
O solitário sai e nem um bom dia de agradecimento deixa ao amigo, também solitário.
Cada ônibus que chega, traz uma história... não! Uma não! Várias!
Até os faróis dos ônibus demonstram a braveza do restante da monumental monturo de ferro.
Portas se abrem para seus companheiros de viagens descerem e irem ao encontro dos seus, outros... ah! Outros ficam por lá mesmo!
Suas portas continuam abertas até que outros passageiros subam e ali se faz um novo ciclo de amizade!
O som do motor é a música adequada para seus companheiros!
Uma canção de ninar nas madrugadas!
O chato é quando se desliga... mas o amigo precisa descansar...
As tampas das esperanças de uma vida melhor se abrem e se pega cada um de suas bagagens lotadas de saudades.
E assim se faz numa Rodoviária... 24 horas por dia!