BBB; um apelo anticultural
O BBB está aí novamente. Cada vez mais esdrúxulo e vulgar. Um reality show de tamanha mediocridade equivalente a emissora de TV brasileira que o exibe em horário nobre em alto relevo.
Um programa de massa que alguns insistem em dizer que é entretenimento, cultura e diversidades.
Lixos culturais existem em todos os lugares do mundo, só que na grande maioria, iniciam-se já com o prazo vencido, porque são lixos. Aqui no Brasil não, há vinte anos essa programação midiática desfila aberrações nos lares brasileiros, arrebatando crianças, jovens e até adultos de forma tendenciosa e imoral.
Seus participantes beiram ao ridículo, expõem-se seus desejos latentes, suas vulnerabilidades sociais e suas fraquezas humanas à condição de quinze minutos de fama.
O BBB tem patrocinadores fortes, quando não, até aporte do Ministério da Cultura, cuja TV em questão deve ser favorecida. Apresentadores consagrados apequenam diante da mediocridade anticultural submetidos.
Penso que poderia ser criado algo relevante e educativo nesse horário, nessa emissora, nesse período do ano, algo como um reality literário brasileiro, em que pessoas comuns incorporariam personagens icónicos da nossa literatura.
Por exemplo: Capitu (Machado de Assis), Riobaldo (Guimarães Rosa), Macabéa (Clarice Lispector), Pedro Bala (Jorge Amado) entre tantos outros, onde jovens estudantes seriam beneficiados no ENEM e vestibulares país a fora, exigindo assim mais leitura, mais cultura, mais aprendizagem e menos apelação.
Simples assim!