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Fico pensando o por que de eu estar sempre tentando adivinhar o futuro. Muitas vezes deito a noite, e fecho os olhos para minha prece costumeira. E de repente me vejo a protagonista de um filme futurista que eu mesma crio. Os meus medos todos aparecem todos de uma vez e muitas vezes  passa a ser um tipo thriller de fazer inveja!

Eu sei, eu sei... já li na Reader’s Digest (a famosa revista “Seleções), que 99% do que nos preocupamos jamais acontece. Mas mesmo assim, que cabeça! Eu insisto como uma cineasta falida a criar meus filmes de terror.

 

Já tive tantos medos que embalei nas minhas noites de  insonia.  E nenhum deles se concretizou, ainda!  Perdi tempo, energia, provavelmente fiz mal a algum órgão do meu corpo. Chorei sem razão, e me senti sozinha, uma  solidão que   não se  explica, aquela que nascemos e morremos com ela.

A maturidade tem um  preço e muito alto, e a visão muito ampla - passamos a enxergar de cima, num estado constante de assimilação.   

 

Temos que muita vezes representar uma pessoa que não somos, principalmente diante dos filhos. Passar aquela segurança que não temos, engolir  seco falando bonito sem derrubar uma lagriminha, e depois chorar no chuveiro.
Mas a vida segue. Leio nos livros de meditação: “Viver o hoje”. “Viver o agora”. “Um dia de cada vez”. Prometo que no dia seguinte vou tentar, mas at
é hoje não consegui.

Será que algum dia consigo?

 

 

Mary Fioratti
Enviado por Mary Fioratti em 20/01/2023
Reeditado em 20/01/2023
Código do texto: T7699568
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