SOBRE COMPROMISSO LITERÁRIO (BVIW)

 

 Há quem diga que o imprevisto é a grande lei da criação literária. Sobre o tema, escrever eu quero, mas cadê o imprevisto que não acontece? Parafraseando Fernando Pessoa acho que vou  apelar para o sonho, já que  ele disse que, quando Deus quer, o homem sonha, a obra acontece.

O quanto é difícil para o escritor mesmo dentro de um contexto ficcional  desvincular a personagem não permitindo que ela se projete sobre a sua vida e interaja com o humano real que é.

Seria isso uma reflexão metaliterária? Será que o escritor não se apercebe e tem consciência de que a literatura, de alguma forma, projeta-se sobre a sua vida? Sobre os seus verdadeiros sentimentos? Vive ele as situações criadas? O que existe por trás de cada palavra escrita?

Quando o escritor transgride os limites entre o real e o imaginário? Até onde a sua imaginação o leva e a sua capacidade criadora engendra fantasias e estabelece relações de cumplicidade entre ele e o leitor?

Será que é   a partir do momento em que o que foi escrito convence? Seja sobre injustiças, amores não resolvidos, felicidade, tristeza, ódio etc. Se convencido o leitor, tudo pra ele torna-se realidade?

Realidade ou fragmentos dela transformado em ficção...? Que o diga o prof. Carlos Reis...

 

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 17/01/2023
Reeditado em 17/01/2023
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