El Che
CONFESSO que admiro as pessoas pela sua história de vida, coerência e, principalmente, aquelas que lutam por um ideal sem visar a interesses pessoais. Sim, admiro as pessoas que são capazes de doar à uma causa coletiva, inclusive até com o sacrifício da própria vida. São aqueles que não ficam apenas incitando de longe sem correr perigos.
São poucos os meus ídolos. Um deles é Ernesto Che Guevara. Coloquei um retrato dele na parede da minha casa. Um primo meu, um gozador compulsivo, sempre diz que admiro El Che porque ele era asmático como eu. Mas que, diferente dele, não tenho coragem de matar nem sequer uma barata, que não seria capaz de apoiar o paredón. Diz mais: que se estivesse em Cuba no tempo de Guevara seria fuzilado por discordar dos métodos de afirmação do socialismo. Há muita verdade nisso, mas mesmo discordando da luta armada e dos tais métodos, acho que Guevara foi um herói e virou lenda. E priu.
Às vezes quando estou sozinho, divagando no meu cantinho, costumo rir de mim mesmo. Das minhas contradições, gafes, pecados e até das minhas diferenças com os amigos de infância e adolescência. Exemplo: todos eles torciam pelos mocinhos e pela cavalaria, eu só torcia pelos índios. Juro.
No mais, acho que além da coragem, Guevara possuía cultura e cultivava a ternura. São palavras dele:”É preciso endurecer mas sem perder a ternura jamais”. Eternamente Comandante Che Guevara. Che vive. William Porto. Inté.