“SERES HUMANOS”.

          (Crônica).

 

 

Cada década que passa, o ser humano muda... Muda para pior; é claro que não falo com todos, mas sim com muitos. Eu falo pelo comportamento apresentado no dia a dia.

Cada dia que saio nas ruas eu observo cenas diferenciadas, e comparando com o que ouvi do meu pai e meu avô, eu tiro as conclusões, que o ser humano piora o comportamento a cada ano e cada dia que passa.

Há séculos passados quando a condução ainda era cavalos haviam os que carregavam os seus patrões nas costas, numa condução que mais parecia um andor de santo... Eu não estou falando dos escravos; eu falo de trabalhadores remunerados, miseravelmente, mas remunerados, quanto mais tinha dinheiro, mas preguiçoso era; pessoas que não se dignava a andar com os seus próprios pés; outros que com a sua montaria passavam por cima de quem não saíssem da sua frente.

Nos dias de hoje também é assim, a diferença é, que as conduções são muito mais confortáveis e possantes.

Quando o cidadão pedestre vai atravessar uma rua depois de muito esperar por sua vez, alguém com o seu carro invade o farol vermelho, fazendo o cidadão correr se não quiser ser atropelado, há outros que se esquecendo, que tem mãos, espera o motorista descer do seu assento dar a volta no veiculo para abrir a porta para que ele(a), desça preguiçosamente.

Ainda há outros que fazem questão de jogar o carro sobre a poça de lama, para ter o prazer de molhar os pedestres, que aguardam a sua vez de atravessar.

Qual é a diferença que existe entre um ser humano e outro? Fisicamente nenhuma, não é verdade? Até por que, todos nós temos duas pernas para andar... Dois braços com as duas mãos para fazermos o que precisamos, e principalmente uma cabeça com um cérebro para pensarmos, porém existem seres humanos, que vivem a subestimar os outros, achando-se diferente, e o pior de tudo... Acha-se superior; quando entra no seu carro sente-se um super-herói, principalmente quando esse seu carro é um carro de alto valor numerário, olha para o lado e vê alguém, que usa um carro inferior ao seu, torce o pescoço e quer passar por cima, como se o outro nem existisse.

A verdade do que digo acontece em muitas outras situações, como por exemplo, no tratamento de um médico para com o paciente de alto padrão de vida, o médico particular e o médico do SUS.

É claro que não são todos... Mas a maioria.

Um paletó e uma gravata ainda pesam muito entre um ser humano e outro... Eu penso assim.