Encontrando ou não o amor
As vivências adquiridas durante os relacionamentos amorosos são essenciais para a formação/fundação da personalidade e, também do “patrimônio” do projeto de enriquecimento e fortalecimento do coração.
Algumas pessoas têm uma ou mais experiências amorosas ao longo da vida.
Há pessoas que às vezes tem a felicidade de encontrar uma única pessoa e, ... foram felizes para sempre. Ah! Isso é uma benção. Mas há pessoas que passam pela vida sem o privilégio dessa experiência - às vezes estava ao lado, mas não estava maduro o suficiente pra perceber. Há pessoas que encontram mais de uma pessoa nas diversas fases da vida, - algumas cujos relacionamentos não prosperam - contabilizadas na conta “experiência”.
É certo afirmar que, no mais das vezes, não percebemos quando encontramos a pessoa ideal. A gente fica rememorando, vendo o “arquivo pessoal”, fazendo releituras e se pergunta “como seria/estaria, se tivesse sido.
Acredito que essas experiências fortalecem e diplomam as pessoas para sempre estarem de bem consigo mesmos(as), bem resolvidas. E como diria o poeta, “meu amigo(a) se arranje comigo e dê graças a Deus”.
Pois é, às vezes dá certo e em outras não dá, principalmente se considerarmos o longo caminho em busca de um grande amor. O fato é que você aprende. Aprende mais à medida que se exercita na ginástica dos relacionamentos. A possibilidade de você “acertar”, de ganhar essa olimpíada, é praticando. A partir do segundo tempo do jogo o ideal é que você esteja realizado(a). Que a pergunta “como seria se tivesse sido”, não seja posta ou necessária.
Só tem dois caminhos nesta vida - um é largo e com múltiplas escolhas e outro, fino como um risco de lápis.
Nas férias abruptas dos romances, - avalio que o mais sensato é colocar o pé no chão, iniciar uma “auditoria do coração” no sentido de sair rapidamente do período vulnerável, - se valorizando na “bolsa”, senhor(a) da sua liberdade, com a sua autoestima bem elevada.
Há pessoas que ao perder um amor não aceita bem a perda e/ou sentem-se como um saco vazio, sem coração. É um sofrimento. Não há pai que suporte ver o sofrimento de uma
filha quando isso ocorre. O exercício comentado no início, com certeza vai preparar o coração e mantê-lo no seu lugar.
Uma pessoa deve ter bastante cuidado ao se entregar em relacionamentos a ponto de fazê-la depositária do seu coração e do ar que respira, porque as pessoas simplesmente mudam rapidamente. O amor muda. O amor é pura emoção.
Dependendo do tempo da partida ele nunca deve se sobrepor à razão. Esta é a questão: ninguém merece ser depositário (a) da sua emoção, da sua razão e do ar que você respira.
Então essa análise, esse balanço - se necessário deve ser atualizado a cada fase do jogo. Quanto mais rápido percebemos as mudanças e direções mais rápido estaremos aptos a promover os ajustes necessários.
Mas chega uma fase da vida que todas essas questões devem ser colocadas de lado, afinal as pessoas precisam estar mais em paz consigo mesmas.
Em algum momento da vida as únicas coisas de que precisamos são segurança, saúde e paz. Parece tudo! É a viga mestra. Quanto mais cedo construirmos, melhor.
Há pessoas que rapidamente passam a página, - começam a escrever uma nova história. Outras se bastam a si mesmo, são altruístas ou no interstício do fato troca um bicho de duas pernas por uma de quatro.
A cada dia a gente percebe que a companhia de um bicho de penas, de quatro patas, de duas pernas, vêm sendo bastante buscadas. Eles têm o poder de fazer brotar os melhores sentimentos nas pessoas.
Se o casal gostar de tudo junto e misturado, a probabilidade de dar certo aumenta. E fique atento(a): “O fruto nunca cai longe da árvore...” (*).
(*) (VAL Emmich)
xxx