Gael e o ninho parte 2
Durante a noite, tive um conjunto de sonhos estranhos, com um homem que parecia ser eu, pós estava na visão dele. Ele corria por uma floresta, parecia está sendo perseguido por um grupo de moradores, eles falavam um idioma diferente. Quando de um momento, para outro eu estava correndo ao invés dele, e eu estava sendo perseguido, não sabia onde estava muito menos o porquê de está sendo perseguido por essas pessoas.
A floresta era diferente de tudo que eu já tinha visto na minha vida, mas eu sabia perfeitamente por onde ir, e aonde estava indo. Fazia muito frio, e havia uma névoa pelo ar, meus pulmões estavam falhando já não estava mas conseguindo seguir em frente, e quando eu achei que ia desmaiar Ana apareceu na minha frente, mas ela falava um outro idioma, e seu cabelo, e roupas estavam diferentes. Mas o seu cheiro era o mesmo, quando ela me deu a mão eu acordei do sonho.
- Poxa vida, que diabos era aquilo tudo ?
- Hora de levantar bonitão, primeiro dia de aula.
Minha mãe estava parada na porta com uma toalha, mas eu já estava molhado de suor. Eu realmente vivi aquele sonho, eu estava lá.
- Coisa de louco.
- Como é que é Gael ?
- Nada não, só tive um pesadelo.
Sai e fui tomar meu banho, meu dia começou estranho. Ao sair de casa me despedi de minha mãe, pois meu pai saia muito cedo, às cinco da manhã para fazer exercícios, eu o acompanhava mas dessa vez ele não me chamou, menos mal pois eu estava morto de cansaço. Peguei a minha moto e fui em direção a escolaz passando pela avenida JK, parei em uma padaria chamada pão da terra, gostei dos pães e bolos de lá, comprei meu café da manhã o tomei e seguida sai de lá.
Na saída dei de cara com o carro do tal ex da Ana passando, o som era alto e dentro havia uma turma de pessoas que eram seus seguidores eu acho. Típico valentão popular, mas isso não era da minha conta. Pelo menos não ainda , a caminho da escola pude olhar melhor a cidade, até que não era tão ruim assim, o trânsito meio bagunçado ( para falar a verdade não havia nada de trânsito, em Dom Eliseu você anda do jeito que quiser.) Comecei a me questionar sobre o comportamento dos moradores e o modo de vida ali vivido. Eu tinha apenas Dezesseis anos e podia andar numa moto esportiva, sem habilitação nenhuma e não corria risco, pois meu pai era o Chefe da polícia.
Algo desse tipo não acontecia em São Paulo, eu nunca andaria por lá numa moto assim, e meu pai era só um investidor da polícia militar de lá.
Ao chegar na frente da escola foi inevitável não olhar pra ela, parada numa esquina em frente a uma loja de material de construção, ela vestia o uniforme da escola mas o seu estilo fazia ele ficar diferente, senti uma atração imediata em ir até ela, mas lembrei do sonho então eu me contive, porém isso não funcionou em nada.
- Oi Gael como foi a sua primeira noite em Dom Eliseu?
Eu podia evitar de ir até lá, mas ela poderia vir até mim e ali estávamos, a cerca de uns cinco centímetros de distância um do outro. Quando do nada alguém esbarrou em mim, e eu sem querer a toquei e isso foi um choque, pois eu estava novamente dentro daquele sonho estranho, mas dessa vez eu não estava sendo perseguido.