A Escócia e meus 50 anos
Quando fiz 50 anos, perguntaram-me: onde quer festejar?
Na Escócia, eu disse.
E lá fomos nós; a esposa, o filho mais velho e eu.
Viajem incrível, Edimburgo, com seus castelos, ar medieval, terra de Adam Smith e do grande David Hume, cuja lápide misteriosa e cambiante se transforma a cada ano, no dançar da umidade no mármore, como se a fotografia do espírito mutante se nos mostrasse diferente a cada visita àquela tumba misteriosa.
A figura de Mary Stuart, a monarca tristemente condenada e sacrificada, paira, etérea, no ar de seu magnífico Castelo.
Era Setembro, transição do verão para o Outono, e a cidade linda e misteriosa nos convidava à contemplação e reflexão.
Ficou-nos a imagem verde das colinas, a alegria dos celtas, o som da gaita de fole, a cidade subterrânea, os fantasmas, que não apareciam, o campo de golfe na praça defronte do hotel, o inglês arrastado do passante, diferente, e uma vontade imensa de voltar.
E voltei.
Nagib Anderáos Neto