Na pressão

A cama: é como se tivesse um magnetismo, para o corpo anestesiado. Nenhum sentimento é digno de ser conceituado. É um vazio que toma tudo, inclusive o que está em torno de mim.

Há uma tristeza que toma conta de cada fio de cabelo, cada pelo. Como diria Caetano, gela a sola dos pés.

Não consigo pensar. Nem falar ou conviver com as pessoas. A cama e seu magnetismo fazem com que apenas elas, as gatas, possam conviver.

Às vezes uma fome de leão. Outras, nenhum apetite. Os pensamentos intrusivos e ideações tomam conta de mim.

Não sei até quando consigo bancar isso, mas estou com muita vontade de vencer essa etapa da vida…