Nosso destino está gravado na pedra
Nenhum país se tornou rico, com exceção talvez dos grandes produtores de petróleo do Oriente Médio, com uma população intelectualmente atrasada. É ilusão acreditar que o fato de um país subir da décima para sétima colocação na Economia mundial vai alterar o nível intelectual da população, principalmente nos “crescimentos” econômicos conhecidos como “voos de galinha”, comuns nas Economias de orientação socialista.
Populações intelectualmente atrasadas não exigem atitudes positivas de seus governantes, primeiro porque elas acham que os tais estão fazendo favor em governar e segundo porque elas não sabem sequer o que é bom para elas próprias, se contentando com migalhas.
Não foi por acaso, que um ex-presidente que agora foi eleito de novo, num repente de sinceridade, declarou em público que “pobre se contenta com dez Reais” e parcela da população que se espera que seja mais consciente, os diplomados em faculdades, intelectuais, etc., não perceberam ou fingiram de mortos com relação ao alcance dessa declaração.
Nossos cidadãos “esclarecidos” também não se sentiram ofendidos quando na abertura dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas em Brasília no dia 23.06.2015, entre mandioca e abobrinhas nossa então Presidenta declarou que “quando nós criamos uma bola dessas (segurando uma bola feita com folhas de bananeira) nos transformamos em Homo sapiens ou mulheres sapiens,”, comparando nossa inteligência com a de um escaravelho ou comumente chamado besouro (Dichotomius anaglypticusde) , que desenvolveu a capacidade de coletar estrume de mamíferos e moldar uma bola que protege em seu interior um ovo de sua fêmea. Além da proeza de moldar a bola, o besouro às vezes a rola por muitos metros até o local onde ele acha adequado para a criação de seu rebento. Por essa façanha o inseto ficou conhecido como rola-bosta.
Naquele momento reconhecemos com nosso silêncio que somos um país de rola-bostas.
Países como o Brasil e Argentina, onde parcela significativa da população “se faz de leitão para mamar deitada” e acredita que o Estado é uma Cornucópia onde os recursos surgem de foma mágica, nunca vão passar de países de “terceira categoria”.
Não é por acaso que estamos há 500 anos correndo atrás do próprio rabo enquanto países da Ásia, cujas Economias na década de 1970-80 eram apenas uma parcela da nossa, alcançaram um nível de bem estar material que parece impossível para nós.
Enquanto eles desenvolveram conhecimento para “tirar água de pedra” nós ficamos deitados na rede esperando que estrangeiros venham explorar nossa (a)bundância.
Buscando uma origem histórica para essa vocação para o atraso, ela parece estar nas seguintes palavras de Olavo de Carvalho: “De fato, o traço mais conspícuo da mente dos nossos compatriotas era o desprezo soberano pelo conhecimento, acompanhado de um neurótico temor reverencial aos seus símbolos exteriores: diplomas, cargos, espaço na mídia.”.
Sendo assim, apesar de estarmos na sétima colocação em termos de população mundial, não contribuímos em nada para o progresso material e espiritual da Humanidade e muito pouco para nós mesmos, excluindo logicamente a contribuição de nossa Agricultura.
O resumo do que estou dizendo não é novidade, está gravado na pedra (ou na Bíblia) em Mateus 7:16-17: “Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?” e “Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus.”.