presente de um amigo

Devido a um presente que ganhei de um grande amigo, como um irmão pra mim.

Uma camisa a qual vesti e sai para comemorar a noite de Natal entre familiares e amigos.

Porém em meio deles, que surge um que reconheceu a camisa, e me falou assim,

- usando a camisa de fulano, eu já o vi vestido com ela a tempos.

e me perguntou se eu não tinha vergonha de usar uma roupa

que então já foi usada por outra pessoa?

Então foi aí que respondi.

- não, não tenho, uso com maior prazer pois

além de ter sido um presente, e sei que foi de coração.

Eu não me importo, usaria quantas vezes fosse preciso.

Sabe, quando criança, vários e vários finais de ano eu passei com a mesma roupa,

o mesmo tênis e quando não era o mesmo tênis era emprestado.

Confesso que ficava muitas vezes triste porque não tinha uma roupa Nova

pra usar como os meus amigos tinham todos os anos.

Mais isso nunca me fez crê, que eu era menos que eles.

A noite chegava eu me arrumava cedo,

pra que cedo voltasse pra casa, pois no máximo que eu poderia ir

era na esquina da minha rua ou no mais possível fazer a volta por outra rua.

Era assim minha noite de Natal ou de fim de ano,

não tínhamos ceia nem comida farta mais tínhamos amor e respeito um para com outro.

Lembro-me hoje que muitas vezes via meus amigos gastarem dinheiros dados por seus pais,

e quando me perguntavam se eu não ia comprar nada, como doces refrigerantes,

eu dizia não, eu não quero estou sem fome, depois eu compro.

Na realidade eu não estava com nenhum centavo no bolso.

Isso aconteceu anos após anos. Mais depois eu comecei a entender

que tudo isso não passava de uma cultura a qual deixava não só eu,

mas outras tantas crianças deprimidas por pensar que se não tivéssemos uma roupa Nova

ou algum trocado no bolso, não valeria aquele fim de ano.

No entanto lembro - me de um dia que passei por um momento constrangedor pra idade que eu tinha.

Pois tinha sido excluído de um momento comemorativo por não ter uma roupa Nova

e um dinheiro no bolso, então cabisbaixo, voltava pra casa quando em frente sentados estavam meus pais,

confesso que com os rostos um pouco triste, mas estavam juntos me esperando e sorrindo pra mim,

como se eu fosse seu maior presente naquela noite natalina.

Foi então que eu os olhei e percebi algumas lágrimas em seus olhos.

E sem perguntar o por que, o porque das lágrimas, eu os abracei pois entendi

que eles queriam poder ter me dado o melhor.

Mas quando sentir os seus braços me aquecendo o meu peito gritou de alegria

e aquela tristeza de ter sido excluído por causa de uma roupa velha

ou dinheiro que eu não tinha foi substituído por um presente

maior impossível, que nem as melhores roupas ou dinheiro poderiam comprar.

O amor dos meus pais por mim.

Eu os beijei e lhes disse,

- eu amo vocês e não tem presente maior ou melhor do que vocês, e toda nossa família unida.

Hoje adulto, já não tenho meus pais em Vida, mas carrego no peito o seus maiores presentes,

que a mim foram dados.

A humildade, o amor, a compaixão e o melhor de todos não importa o quanto ignorem você,

seja por sua classe social, ou pelo que seja mais que o respeite pelo caráter humano que você tem,

de respeito e amor ao próximo.

Poeta Batista Silva

16h14min.

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poeta batista silva
Enviado por poeta batista silva em 11/01/2023
Código do texto: T7691653
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