O voo de um pássaro de asa dura
Na classe executiva na poltrona 12 (Doze), após meia hora de ter decolado a ansiedade redobra, o mistério está chegando no seu final. Aeromoça com toda delicadeza pede o que deseja beber, uma taça de vinho, quem sabe as avalanches da ressaca de ontem a noite dará trégua e eu possa cochilar um pouco.
Antes que etílico fizesse efeito, vasculha em sua pasta preta executiva que ganho de seu padrinho o dia da formatura o documento que prova sua inocência.
Para ler, o som ambiente é ocupado pelo comandante pedindo aos tripulantes um minuto de atenção: “Está se aproximando um forte temporal, mas fiquem tranquilos isso é corriqueiro nessa época do ano, faz um alerta dos procedimentos de emergência caso algo viesse ocorrer.
Encorajado pela primeira taça, pediu bis e foi atendido, enquanto a bela moça deixava o líquido colorir a taça, ele comenta: “Pode encher a taça, quem sabe a vida dura somente o tempo de bebê-la” ouve dela: “Senhor!!! Que sua profecia não vinga agora e nunca”.
Não demorou um breu total, um silêncio ensurdecedor, nada de gritos de socorro era estranho, conversas paralelas, eis que um fleche clarear todo o seu quarto, abre os olhos lentamente com medo da realidade, vê em pé conhece esse rosto, alerta que está na hora de acordar, a final falta menos de uma hora para seu voo, depois do demorado litígio onde volta a ser solteiro novamente.