Falta de Assunto
ACHO que ficar repetindo e comentando o noticiário cansa. Enche o saco. Tudo bem, sei que precisamos nos posicionar sobre as pautas do momento, mas, sejamos francos, é saudável dar um tempo.
Assim resolvi hoje voltar aos assuntos do me baú do passado, ás minhas recordações, a maioria sobre os chamados Anos Dourados.
Foram anos arretados, mas contaminados pelos tabus e preconceitos, vejam bem, uma parte das pessoas acreditava(os conservadores radicais) que o sofrimento era uma vontade de Deus. Defendiam o conformismo e não condenavam as injustiças e desigualdades. Mais: as mulheres eram subestimadas e até discriminadas. Só tinham direito a dar dois gritos; “Xô galinha” e “Cala a boca menino”. A mais discriminada e hostilizada era a desquitada, era nivelada à meretriz. A culpa do fim da relação nunca era do homem. Um absurdo,
Não posso num texto curto dissecar os tabus e preconceitos daquela época. Sou fascinado pelos Anos Dourados no que tange a música, artes, cinema, literatura e, claro, alguns gestos de ternura, amor, caráter e solidariedade.
Sempre senti asco pelos tabus e preconceitos, sempre reagi contra eles, ainda rapazote já lutava contra esse mal, sempre fui avesso aos clubes fechados, principalmente àquele que menina não entra (dá pra desconfiar), soçaite matuto, agrupamento de religiosos tipo santinho do pau oco, resquício da inquisição, esses agrupamentos sempre defenderam as desigualdades. Duvido que na minha Região alguém conteste o que estou dizendo. Fui perseguido. Tentaram me prejudicar. Sou um cara fraterno e de paz, mas não perdoo quem me perseguiu. Nunca pensei sequer em vingança ou ódio, me basta não perdoar. Esse “pecado” levo comigo, mas, graças a Deus, sou um homem feliz porque sou coerente e honesto, um homem que recebeu uma grande herança di seu pai, herança essa que pode ser resumida num verso de uma música de Lupiscinio Rodrigues: “A vergonha foi a herança maior que meu pai me deixou”. Basta de arenga, William Porto. Inté.