Este ano que passou resolvi fazer um diário. Escrever minhas emoções, meus momentos, e isso me fez um bem enorme. Sabe aquelas coisas que você não conta para ninguém? Que são coisas só suas?

Aprendi a classificar minhas emoções, meus instantes chamados pelos psicólogos  de “ruminação” – e  entendi que não sou meus pensamentos. Aprendi a oração dos sábios - o silêncio -  considerando em primeiro lugar  a minha paz interior. Cheguei a fazer tarefas únicas de escrever e classificar emoções,  circundando algumas  palavras repetidas e refletindo nelas. 

Esse diário me fez bem. Fiz de folhas brancas – um amigo secreto, que me escutou, sem julgamentos e me deixou fazer um trabalho de autoconhecimento. Não veio com soluções mágicas, nem técnicas inovadoras. Ficou ali em silêncio observando minhas descobertas. Em plena aceitação.

Quantas vezes precisamos de um amigo assim, que só pare e escute. E nos olhe nos olhos com alma branca e  nos deixe soltar de dentro, como balões invisíveis, nossas dores e questionamentos.  Das letras sem compromisso, achei um amigo secreto.

 

 

Tema: Letras sem compromisso

 

 

Mary Fioratti
Enviado por Mary Fioratti em 03/01/2023
Reeditado em 04/01/2023
Código do texto: T7685832
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