NOSSOS PILARES FUNDAMENTAIS

A civilização ocidental, além de outras premissas, repousa sobre três pilares fundamentais, o belo, a justiça e a fé, herdados que foram dos gregos, dos romanos e dos judeus, respectivamente.

O belo: contido nas lendas, nas poesias, na filosofia, na dança, na matemática, na arquitetura, na astronomia, nas artes plásticas, no teatro, na escrita das vogais e na democracia que é o único sistema de governo realmente viável...

A justiça: pelo estabelecimento prévio do que é crime explícito em lei de domínio público, no direito ao contraditório, na separação dos agentes acusador, defensor e julgador e na exigência do cumprimento universal das leis; a organização familiar e a propriedade privada...

A fé: no culto ao deus único, onipotente e onisciente, sem as fraquezas humanas comuns aos deuses e semideuses do politeísmo.

O desenvolvimento da nossa capacidade intelectual, que é a diferença fundamental entre nós e os outros animais, não foi bastante para “desligar” a nossa condição de seres gregários e socialmente dependentes de organização, de liderança, da carência pelo reconhecimento e afirmação dentro e, muitas vezes fora, do grupo a que pertencemos.

Apesar das diferenças de linguagem, usos e costumes todos os grupamentos humanos apresentam as mesmas características, pois apesar dos discursos em contrário e da variação fenotípica, a raça humana é única.

Mesmo estando muito longe de ser crítico literário, acredito que as características humanas estão bem definidas na historinha de Robinson Crusoé (Daniel Defoe, 1660-1733), onde ficam evidentes a inquietação da juventude pelo desejo de mudança na vida que se leva; a curiosidade sobre o desconhecido; o desejo por aventuras; a genialidade para contornar imprevistos na luta pela sobrevivência; a necessidade da presença física de semelhante; de se colocar em posição de mando sobre ele e de demonstrar status social elevado para os demais .

A estrutura familiar é base de todo e qualquer grupamento, independente da época, condição social ou ambiental. Patriarcado, na maioria, ou matriarcado estabelecem os padrões de comportamento e a definição dos status e papéis que são irradiados para toda a comunidade, porque fora desse padrão, não há organização nem desenvolvimento. Sempre terá que haver um líder com autoridade bastante para manter a sociedade, ou esta se fragmentará com o surgimento de pseudos líderes, geralmente foras da lei.

Essa fragmentação está acontecendo conosco desde que, a partir da segunda metade do século XX, as pessoas resolveram abandonar os antigos costumes, mas proposital ou não, esqueceram de arranjar novo modelo para a convivência em família e fora dela.

A principal diferença entre as organizações sociais ocidental e oriental está na estratificação social. Ocidentais podem, se desejarem, ascender ou descender aos estratos sociais aos quais não pertencem. Para tanto basta determinação nos estudos e no trabalho ou simplesmente abandonar-se ao vazio de nada ser com ou sem as drogas ditas ilícitas. Os orientais desde o nascimento até a morte permanecem no mesmo estrato social definido pela religião e que é passada de geração em geração desde tempos imemoriais.

(Salvo algumas raríssimas exceções verificadas em países que optaram pela ocidentalização).

Tendo por base as utópicas falácias do Marxismo, os formadores de opinião, geralmente mancomunados com o narcotráfico internacional, tentam impor o regime comunista com:

- Culto a personalidades ditas pais dos pobres;

- Separação artificial da sociedade em grupos minoritários, nós contra eles;

- Pratica-se o populismo sob o rótulo de ação social;

- Prejudicam-se as atividades econômicas com altas cargas tributárias, penalizando a quem produz ao mesmo tempo em que estimula a inércia de quem pode e deve ser força de trabalho na economia de livre mercado;

- Bolsas assistencialistas sem a exigência de contrapartidas que as tornem desnecessárias;

Demonizam-se

- A propriedade privada e a acumulação de riqueza;

- O ganha/ganha nas relações comerciais;

- A livre iniciativa;

- A meritocracia por tentar nivelar a todos, salvo os dirigentes, no mesmo padrão de vida pouco acima da linha da pobreza.

O descaso com o vernáculo, os cultos à desonra, à lascívia e ao escatológico transformam em lixo as atividades acadêmicas e as artes em todas as suas manifestações.

Até hoje os defensores desse regime abjeto e ditatorial não se dispuseram a viver nos países em que ele foi implantado, com o saldo de mais de cem milhões mortos e de onde as pessoas fogem para os países democráticos.

Quando o movimento for ao contrário, poderemos admitir que viver escravizado é bom.

No nosso ponto de vista, não é a padronização pela miséria que fará o bem-estar social, mas sim a participação e a alternância na política representativa; a autodeterminação com irrestrito respeito às leis; direitos, deveres e oportunidades iguais para todos.