ANESTESIA
Francisco de Paula Melo Aguiar
Passadas as comemorações ululantes das festas de fim e de início de ano, vem a dor de cabeça para levantar receitas para pagar as despesas da noite do réveillon...
No Brasil começa passar a anestesia da posse do novo governo.
Tem início na Vila Belmiro o velório do rei Pelé, em Santos, São Paulo, já a partir das nove horas. É uma anestesia esportiva a da despedida ao jogador ímpar de todos os tempos, o mito do futebol nacional do Brasil para o mundo.
Na Europa a Santa Sé, dá início ao velório do futuro beato e previsível São Bento XVI.
Ambos defuntos tiveram um minuto de silêncio quando da solenidade de posse do governo que substitui o anterior.
A democracia tem como norte a vontade e o interesse público.
Agora passados os discursos, permanece o lema do Estado de Direito e a democracia para sempre da Constituição Brasileira de 1988.
Fala-se em reconstrução nacional e de respeito a cidadania, representada pelas pessoas que repassaram a faixa ao presidente. Algo inesperado e de acolhimento da cachorra "resistência" sendo conduzida pela esposa de Lula na subida da rampa simbólica do Palácio do Planalto. Assim, os excluídos se sentiram representados naquele momento anestésico e a emoção termina com o povo esperando a reconstrução nacional nos próximos quatro anos.
Diante disso, invocamos o pensamento do profeta Jeremias que afirma: "Pois eu sei os planos que tenho para vocês, diz o Senhor, planos de paz e não de mal, para dar a vocês um futuro e esperança"(capítulo 29, versículo 11), ainda que por analogia em favor da brasilidade.
Assim sendo, vamos pedir a Deus de fato e de direito - Feliz Ano Novo 2023 para tudo e para todos.
Em síntese, vamos esperar o que será o Brasil que nasceu para ser uma grande potência.