Na visão de Naoko Takeushi, o caos é um demônio que, sendo o mais poderoso do universo, pode até ser identificado com o Lúcifer ou Satanás da teologia cristã.

 

A Terra mergulhará no caos em 2023?

 

Fala-se muito hoje em dia em estranhas premonições que parecem existir em filmes de ficção científica, de super-herois e no seriado "Os Simpsons". Há porém quem opine que não são profecias nem premonições, mas avisos da Nova Ordem Mundial sobre o que já vem sendo preparado e planejado há décadas, não só na tecnologia mas também no controle social, é tudo para que o povo já vá se acostumando.

Todavia são muitas as aparentes previsões dos Simpsons, esta série interminável, e uma das mais conhecidas refere-se à eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos. Algo aparentemente difícil de prever se ele nem era candidato. Já a previsão da Lady Gaga "voando" numa apresentação (suspensa em alguma coisa, é claro) poderia ter inspirado o fato em si.

Esta série foi criada por Matt Groening e estreou na televisão norte-americana em 1989, sendo suas produtoras a Fox e a Gracie Films. Groening, creio que ainda está no comando da franquia.

Confesso que assisti pouquíssimos episódios dos Simpsons e não tenho como dar uma opinião mais taxativa, mas em princípio não vejo muitas evidências de premonições verdadeiras, ou seja, de percepção sobrenatural do futuro. A série me parece pragmática e satírica, sem viés espiritual, embora minha pesquisa revele a presença da religião, em cerimônias na cidade (fictícia?) de Sringfield ou mostrando pastores mas de forma pouco lisonjeira. Em suma por que esta série poderia profetizar o futuro? É pouco provável. 

 

Também me parece que os acontecimentos supostamente previstos nos Simpsons não costumam ser tão importantes assim, com excessões como essa do Trump.

Mas, o que dizer de Sailor Moon, franquia criada no Japão em 1991? 

Sua criadora, Naoko Takeushi, foi sacerdotisa xintoista antes de trabalhar com mangás e animês. Ao criar Hino Rei, a Sailor Marte (uma das auxiliares de Usagi Tsukino, a Sailor Moon) fez dela uma aprendiz de sacerdotisa no Templo Hikawa, em Tóquio, e dotada do dom da premonição. Naoko admitiu que Rei era um alter-ego dela mesma: uma dica e tanto.

Em 1993 foi lançada a primeira animação de longa-metragem da franquia: "A promessa da rosa". E é impressionante a sequência, perto do fim, onde a Princesa da Lua Branca usa todo o seu poder para impedir a queda sobre a Terra de um asteróide gigante que levará o mundo ao caos e à destruição se realmente ele cair com os germes vegetais malignos que abundam nele. A sequência é eletrizante ao som da canção "Moon revenge" (A vingança da Lua), cuja letra a certa altura anuncia o "caos do futuro".

 

Na sua transformação mais avançada Sailor Moon torna-se um anjo. Isto dá a entender que o poder angelico é necessário para confrontar o poder demoníaco.

 

É preciso entender que não se trata só disso. A ideia da chegada do caos sobre a Terra é recorrente. Todos os grandes adversários que surgem são caóticos e demoniacos ou compactuados com demônios. Mas na quarta fase do mangá e do seriado de animação dos anos 90 surge Neherenia, Rainha da Lua Negra (possivelmente uma versão de Lilith), que com seu Circo da Morte e seu espelho maléfico mergulha a Terra na penumbra, amortalhada por uma barreira maligna, espalhando pesadelos que tornam as pessoas violentas e agressivas (alegoria da cultura da violência que assola o mundo atual?). É significativo que Neherenia aprisione o Pegasus, protetor dos sonhos das crianças.

Considerada a Encarnação do Mal (Anticristo?), Neherenia morrerá pelas mãos de Sailor Moon no confronto final entre as duas, como se vê no épico duplo de 2021, "Sailor Moon Eternal".

Naoko Takeushi deu um aspecto apocalíptico à saga da Guerreira do Amor e da Justiça.

 

Mas o clímax virá no quinto arco, a fase "Estrelas", quando a Terra é atacada pela Sombra Galática, potência maligna que vem dos confins das estrelas, chefiada por Galáxia, a Rainha Dourada, que se veste de ouro (símbolo da ganância pelas riquezas e materialismo) que está possuída pelo Demônio do Caos. A Terra em caos - imagem mostrada por um fanfilme norte-americano de 2004, "Chaos in Earth". Embora curtíssimo, o filmete mostra imagens bastante fortes e a Princesa da Lua obrigada a lutar sozinha.

Ora, o que me chama a atenção é que essa história do caos, que foi contada em mangá (quadrinhos) e seriado de tv, nos anos 90, somente agora chega à longa metragem, outro épico duplo, sob o título "Sailor Moon Cosmos", que deve estrear em meados de 2023. Ora, como eu já observei tudo está convergindo para 2023: a crise climática, ambiental e sanitária cada vez mais intensa, a expansão da contra-cultura e de nefastas ideologias como a do politicamente correto, a guerra entre Rússia e Ucrânia que ameaça se espalhar pela Europa, as outras guerras em curso no mundo. O Papa Francisco já se refere abertamente à Terceira Guerra Mundial. Vemos ainda o empobrecimento da população mundial, as passagens próximas de asteróides, as revelações particulares em aparições celestes em Medjugorje e outros locais, inclusive Anguera no Brasil. O frio brutal que acaba de atingir a América do Norte e a perda de controle do covid na China Comunista são indícios gritantes de que a Terra está mergulhando no caos e que isto significa uma grande exacerbação da milenaria luta entre a luz e as trevas ou, como indicado no filme em preparação, entre Cosmos (a ordem divina) e Caos (a desordem demoníaca). 

Um conflito já anunciado no Apocalipse e que Naoko Takeushi parece estar indicando com sua alegoria.

 

 

Cosmos versus Caos: esta grande batalha será vista em 2023, mas... somente na ficção?

 

Não afirmo nada e não sou profeta. Mas acho impressionante a correlação entre a realidade e a ficção, principalmente considerando que a série de Sailor Moon tem forte componente religioso, diferente da maioria das histórias de super-herois. 

Vamos aguardar, mas sinto que 2023 não será um ano comum.

 

 

 

Um olhar de compaixão pelo sofrimento das criaturas. Somente a bondade pode salvar a humanidade.