AS DÍVIDAS

Francisco de Paula Melo Aguiar

O tempo passa rápido, o imaginário popular, não, permanece vivo como na canção mote da campanha do Tricampeonato Mundial de Futebol que o Brasil ganhou no século passado, graça ao empenho de Pelé e de seus ilustres companheiros do selecionado nacional.

Noventa milhões em ação...

Vamos prá frente Brasil do meu coração...

E a canção mote exaltava o verde e o amarelo como a maior epopeia nacional de todos os tempos: ser tricampeão do mundo no futebol. Graças ao Edson Arantes do Nascimento e seus colegas da Seleção Brasileira de Futebol da época.

O negrinho, pobre e esquecido, nascido em Três Corações, no Estado de Minas Gerais, acrescentou mais um coração o de ser aclamado como rei honorário do futebol por todos os brasileiros. Infelizmente, ele está muito doente em um hospital na Capital Paulista, esperando que Deus o cure, deixando são e salvo.

Parabéns Pelé!

E assim o perfil de vitória da seleção brasileira conquistou sem o rei Pelé, a quarta e a quinta estrela em copa do mundo.

Parou? Parou por que?...

Enfim, a canarinha chegou a exibir no peito e na raça às cinco estrelas que temos ainda hoje exibidas nos uniformes da seleção que temos como anestesia para aliviar a dor dos perdedores.

A época de ouro do futebol nacional passou...

Éramos felizes e não sabíamos...

Termina mais um ano, uma copa do mundo e o Brasil nada tem a comemorar, ainda estamos envolvidos na pandemia Covid-19 e outras doenças patrocinadas por bactérias e vírus de condutas destrutivas e que levam à morte física, por exemplo, o caso do mosquito que provoca a dengue, mata e faz tempo...

Ao ouvirmos os noticiários do Brasil, o saldo dominante agora é que dentre os 210 (duzentos e dez) milhões de habitantes que temos, existem mais de 33 (trinta e três) milhões abaixo da linha da pobreza e mais de 70 (setenta) milhões envolvidos em dividas até o pescoço, devendo e alimentando a inflação galopante brasileira no silêncio dos mesmos noticiários e à luz das autoridades que não recebem salário mínimo nacional e fazem ouvido de mercador...

E por fim, o amparo mensal de R$ 600(seiscentos reais), mais R$ 150 (cento e cinquenta reais) por cada filho de até seis anos de idade, é essa a realidade nua e crua da quase metade da população brasileira. Portanto, o que comemorar? A vida, sim! Obrigado Deus, a ilusão do devo e não nego, pago quando puder no imaginário popular, consome o tempo e os neurônios dessa gente que compra tudo o que pode, inclusive usando o dinheiro de plástico e ou cartão de crédito do bolsa familia e ou auxilio Brasil, comprando tudo que pode e não pode e ponto final.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 29/12/2022
Reeditado em 29/12/2022
Código do texto: T7681924
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