No Ano que Vem

 


 

O ano que vem está ainda despertando, juntamente com as expectativas de bilhões de pessoas - cuja maioria nada fez ou nada faz para que seja um ano melhor. Terminamos 2022 com guerras, divisões devido à política, ameaças de uma nova onda dessa doença horrorosa que nem vou mencionar e eleições que deixaram um grande ponto de interrogação na cabeça de metade da população brasileira, inclusive, eu mesma. Mas se não há nada que possa ser feito a respeito... next, please!

 

Mas eu posso crescer e evoluir, e é isso que eu vou tentar fazer. Pretendo trabalhar bastante, exatamente como fiz este ano, a fim de garantir alguma segurança para mim na minha velhice. Sim, hey, estou envelhecendo! Existem algumas coisas que pretendo realizar, em nível pessoal, e vou me empenhar para que elas aconteçam - isso se a vida não tiver outros planos para mim. Porque se ela tiver, vou me conformar. Gosto sempre de deixar espaço na minha vida para o elemento surpresa, sem tentar planejar tudo meticulosamente.

 

Mas daqui do meu ponto de observação, acho incrível o quanto as pessoas sempre depositam esperanças em outras pessoas, procurando salvadores onde eles não existem. É tanta gente acreditando que um político vai se arriscar a fim de salvar seus pescoços, que eu me pergunto como adultos em idade madura podem raciocinar de forma tão lúdica. Também não entendo o quanto os que defendem os dois lados não têm a mínima ideia do que está acontecendo. 

 

Vemos os absurdos que estão sendo perpetrados contra a liberdade de expressão: contas em redes sociais sendo multadas com quantias absurdas que o careca tirou não sei de onde, bloqueadas e\ou desmonetizadas, pessoas sendo presas sem julgamento por motivos que não estão na Constituição, cujos advogados não tem acesso aos processos porque estes sequer existem. E ninguém faz nada. Um único homem manda e desmanda no país inteiro, e não há reração por parte do senado ou do Presidente da República ainda em exercício. E o pessoal da esquerda não vê nada de errado nisso, e nem acham que isso é ditadura.

 

A turba na frente dos quartéis ora me causa pena, ora asco. Ficam por lá, rezando Ave-Marias e pedindo que as Forças Armadas salvem o Brasil. (dizem que tem gente que perdeu o emprego e o casamento para ficar por lá acreditando que algum ET vai pousar por aqui e salvar o país do comunismo). Mas não vi nenhum processo ou reação delas quando soltaram o Manguaça, nem quando o reabilitaram para concorrer à Presidência. Também não vi nenhum tipo de reação prática da parte do Presidente a fim de tentar parar o processo: foram apenas declarações de que jogaria "dentro das quatro linhas", e vociferações e ameaças que não passaram de... vociferações e ameaças. Lembram daquele 7 de Setembro - não o último, mas o penúltimo (aqui deveria haver um ponto de interrogação, mas não consigo inserir um na droga do chromebook, nem seguindo todas as dicas da internet, tipo apertar quatro teclas de uma só vez ou apertar altw). O Presidente ameaçou, pediu autorização, vociferou, adorou a reação do povo, que dava a ele uma sensação de poder, e na hora "h", colocou o rabinho entre as pernas e foi pedir desculpas ao careca e conselhos ao ex-presidente vice da Dilma.

 

Mais engraçado ainda foram as "previsões" de certas ciganas e videntes online, de que o povo não deveria perder a esperança, pois eles tinham visto nas suas cartas e bolas de cristal que o nosso presidente "mito" salvaria o Brasil. O mito só quer salvar a si mesmo e aos seus filhotes.

 

Da minha parte, vou continuar trabalhando e vivendo a minha vida aqui no meu mundinho, pois esse mundão aí de fora já me encheu a paciência. Aliás, ando com nível de tolerância baixíssimo também com quase todo tipo de pessoa que encontro. Não tenho paciência com gente que gosta de tentar me dizer o que fazer, como me vestir, o que pensar. Não tenho o menor saco com pessoas cheias de nhém-nhém-nhém, e ando tendo reações um tanto incisivas quando encontro algumas. Acho que a pandemia, que me fez ficar tanto tempo em off, me tornou uma reclusa.

Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 27/12/2022
Reeditado em 13/04/2023
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