POMBOS

Hoje, quem os vê povoando praças e jardins da maioria das cidades brasileiras, perfeitamente adaptados ao clima e com população em ritmo crescente, nem se dá conta de que são animais exóticos, que os primeiros casais foram trazidos pelos portugueses a fim de aumentar a oferta de proteína animal e, talvez, aumentar a saudade da terra distante pelo arrulhar constante dessas aves.

Os pombos atingem a idade adulta em torno de sete meses. Cada casal pode produzir de dois a três filhotes em cada uma das cinco ou seis ninhadas ano e sua carne é tão saborosa e nutritiva quanto a das outras aves domesticadas, como patos, marrecos, galinhas...

Com o passar do tempo foram trazidas as espécies “correio” para fins estratégicos de comunicação, porta a porta, sem a interferência de olhos curiosos sobre as notícias urgentes ou para diversão em campeonatos.

E como sempre acontece com a importação de espécies exóticas, várias dessas aves fugiram do cativeiro e por ter poucos os predadores, a população aumentou com facilidade e se espalhou por todo o território nacional, tornando-se incômoda tanto pela sujeira quanto pela possibilidade de transmitir zoonose, vez que, por estarem forrageando em qualquer local onde haja a possibilidade de encontrar sementes, restos de frutas e de alimentos à base de cereais, são apelidados de “ratos alados”.

Periodicamente as “autoridades sanitárias” promovem ações de controle dessas populações, mas há aqueles que se divertem ao levar sacolas com pães adormecidos ou milho em grão para servir de alimento aos pombos de vida livre que nos brindam com as revoadas espontâneas ou quando da soltura de muitos deles para abrilhantar eventos esportivos.

Os ilusionistas dos teatros ou circos, retiravam coelhos e pombos da cartola ou de caixas “vazias” ou moedas das orelhas de pessoas da plateia, mas o tempo passou, esses profissionais desapareceram e os “magos” da política de hoje em dia fazem “desaparecer” o dinheiro dos cofres públicos e não estão nem aí para coelhos ou pombos...