Consciências XXII
Sobre o legado do tio Beto
Teve uma tarde nos anos 90 do século passado, quando eu ainda era uma criança sem uma década completa de existência, que eu fui à casa até então da minha avó paterna, vó Dedê, aqui mesmo em Bicas, para nadar na piscina com a minha prima, Mariana. Então, juntou-se a nós na brincadeira o seu pai, meu tio postiço, Beto, que me tratou com o mesmo carinho, brincando de nos jogar para cima e pegar. Foi um dia quente e sossegado de verão que eu guardo como um tesouro deste meu tempo de infância. Foi também uma prova de amizade e acolhimento do meu tio, mesmo sem termos laços sanguíneos. E foram tantas outras, antes e depois desse dia...
Em agosto deste ano de 2022 "d.c", foi a última vez que o vi, antes de falecer no último dia de setembro. Me lembro que, apesar das divergências ideológicas, ele manteve o mesmo carinho para comigo de há quase três décadas atrás. Foi uma conversa franca e respeitosa, apesar do clima de polarização. Foi também uma despedida melancólica, sem sabermos...
Ele se foi, mas o seu legado de amizade e memórias felizes já está marcado no meu coração, para sempre enquanto eu existir...
Obrigado por ter sido o meu amigo, querido tio Beto!!