Embriagues coletiva
Se tivemos dois candidatos a Presidente da República que igualmente não nos satisfaziam em função de governos passados, seria de se esperar que a escolha mais lógica seria o voto nulo, quando deixaríamos registrado então nossa insatisfação.
Aristóteles disse: “Mas não só os vícios da alma são voluntários, senão que também os do corpo o são para alguns homens, aos quais censuramos por isso mesmo: ao passo que ninguém censura os que são feios por natureza, censuramos os que o são por falta de exercício e de cuidado. O mesmo vale para a fraqueza e a invalidez: ninguém condenaria um cego de nascença, por doença ou por efeito de algum golpe, mas todos censurariam um homem que tivesse cegado em consequência da embriaguez ou de alguma outra forma de intemperança.”
Embora Aristóteles tenha se referido a cegueira física, o alcoólatra sofre também de cegueira espiritual, que começa no momento que ele decide consumir bebidas alcoólicas além do limite que ele sabe que vai debilitar seu organismo e suas relações sociais e além disso, torná-lo dependente do álcool.
Se uma pessoa espiritualmente cega e fisicamente debilitada não consegue cuidar de si própria, o que diremos da responsabilidade de cuidar dos interesses de mais de 200 milhões de outras pessoas.
Seria lógico dizermos que isso “não vem ao caso”?
Como sabemos, o alcoolismo é uma doença que se caracteriza pelo consumo incontrolável de bebidas alcoólicas.
Uma das muitas consequências dessa doença é que sua vítima se torna uma pessoa inconfiável, porque ela não tem controle sobre si própria.
Contrariando Aristóteles quando ele disse “mas todos censurariam um homem que tivesse cegado em consequência da embriaguez”, sessenta milhões de eleitores brasileiros mostraram cegueira quando colocaram o destino do país nas mãos de um indivíduo que não consegue governar nem a si próprio.
O presidente eleito já foi considerado por uma conhecida filosofista como uma espécie de “símbolo sexual”, mesmo com todo seu aspecto asqueroso. Teria ele porventura sido ele eleito como possível símbolo nacional de 60 milhões de “alcoólatras”?