Pensem...

Muda o seu andado.

Fala grosso.

Olha o jeitinho dele...

Pensem na dor vivida...

Fala, igual homem!

Tua pele não ajuda.

Você é pobre, cala a boca!

Pensem no horror vivido...

Vileiro não tem vez.

Tenho vergonha de ser seu parente.

Sua religião é do cão.

Pensem na indiferença vivenciada...

Fala baixo, comunista...

Vestir de mulher é coisa do diabo, vergonha!

Pessoas como você o "povo" mata...

Sua bondade não vai salvar o mundo.

Pensem no preconceito vivo...

Você parece um ET.

Nunca será nada!

Mariquinha, preta, vileira, pobre...

Beiçudo, bundudo, girafa feia...

Pensem na desumanidade viva...

Pega, coloca a mão, não conta pra ninguém, se falar, eu te mato!

A culpa é sua, menininha travestida de hominho.

Você não é nada aqui, a sociedade nunca vai te aceitar!

Gente como você, nunca terá paz...

Pensem na rosa de Hiroshima...

Velejar contra a maré é o fluxo necessário para romper com a matrix.

Dhiogo J Caetano
Enviado por Dhiogo J Caetano em 21/12/2022
Código do texto: T7677118
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