Contos da lua vaga, um filme
Muitos anos atrás qualquer fã de cinema tinha na manga sua lista estilo Top 5; melhores filmes de todos os tempos: "Cidadão Kane", "Encouraçado Potemkin", "Contos da Lua vaga", "Soberba", "Casablanca".
Posteriormente, para os mais jovens, essa escolha mudava. Entravam, por exemplo, "Rebel without a cause", "The Searchers", "O Selvagem", "Um bonde chamado desejo", "The night of the hunter". Nota: mantive alguns títulos em inglês porque são terríveis em português.
Já bem depois, a lista provavelmente receberia "O Poderoso chefão", "ET", "Táxi Driver", "Um estranho no ninho", "Bom dia, Vietnã".
Paro por aí. Onde quero chegar? Cada época tem os seus "melhores para sempre". Marlon Brando era genial; os muito jovens nem sabem quem foi.
Audrey Hepburn era um sonho, mas pra garotada atual lembra vagamente uma marca de baton ou qualquer coisa assim.
Tudo passa. Os mais velhos agarram-se ao passado tentando manter vivas suas recordações, mas, como a lua do título, essas serão cada vez mais vagas.
Os muito antigos curtiram o Diamante Negro. Aqueles que vieram depois, e até os nossos dias, claro, endeusaram merecidamente Pelé, o mais longo "reinado".
Veio o tempo de Maradona e Romário; hoje
são tempos de Messi e Mbappé.
Nada é eterno, futebol é maravilhoso, porém efêmero; ficam as artes, principalmente músicas (Mozart, Bach, como exemplo), textos de qualidade, pintura, enfim, só o talento sólido resiste à passagem do tempo e educação é o que dá solidez ao talento.