MARIA HELENA

As vezes eu gosto de escrever a mão. Isso me dá a impressão de que estou estabelecendo     uma relação mais íntima com as pa-

Lavras.

Essa prática conduzida pela  me-

mória me fez lembrar do tempo quando estava na escola primá-

mária e recebia uns bilhetinhos escritos por uma coleguinha.

Acompanhavam a assinatura uma porção de coraçõeszinhos.

Eu nem sabia namorar mas cor- respondia escrevendo frases ro- mânticas que havia memorizado com as novelas de rádio.

Era um namoro platônico.

Nunca nos beijamos ou sequer estivemos de mãos-dadas mas eu nunca esqueci seu nome:

MARIA HELENA.

Gilberto Stone
Enviado por Gilberto Stone em 18/12/2022
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