CARTA AO PAPAI NOEL

Nesta data, onde todos os corações se enchem de alegrias e todas as preces são dirigidas aos céus, recordo-me que as cartas da minha infância eram repletas de pedidos que invocavam a substituição dos brinquedos que eu criava, pelos que eu observava nas “vitrines” brilhantes das lojas da cidade.

Queria um trenzinho elétrico para substituir as caixas de fósforos vazias que eu amarrava enfileiradas com barbantes e saía puxando pelos trilhos da minha imaginação.

Queria alguns bonecos que substituíssem as vaquinhas e cavalinhos que eu fazia com palitos de fósforos usados e os frutos pequenos arrancados da trepadeira de bucha, que cercavam o quintal da minha casa, e que com eles eu formava as fazendas por onde percorriam o trem da minha infância.

Hoje os meus pedidos diferem, já não quero brinquedos; as viagens e as fazendas feitas pela minha imaginação tornaram-se realidade. Aquele menino que sonhava com as viagens ampliou os seus horizontes.

Os caminhos que percorri fizeram-me reformular os meus sonhos. A minha prece é para que o mundo se torne mais humano.

Que o egoísmo não seja servido no intervalo das principais refeições. A mentira não complemente o café matinal. A injustiça não seja servida em pratos de ouro, e que o fel da vingança não venha em taças de cristal e nem tenhamos a falsidade servida como sobremesa; que só a verdade alimente o nosso espírito, e que toda humanidade possa fazer pelo menos três refeições diárias.

É o que eu peço em oração.

QUE OS NOSSOS SONHOS SE TORNEM REALIDADES!

José Marcos Ramos
Enviado por José Marcos Ramos em 17/12/2022
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