O dia em que tudo acabou

Este sim, era um convicto cidadão caxias e um exemplar funcionário público que nunca tirou férias em sua vida monótona e rotineira, onde ele trabalhava muito e incansavelmente. Todos os dias exaustivamente sem parar e ele não via hora de acabar logo o fim de semana ou algum feriado para voltar todo satisfeito e feliz para o seu dedicado serviço em aferir as balanças dos comércios, supermercados e até as feiras dos bairros mais distantes.

E como sempre este camarada não faltava um dia se sequer, mesmo que fosse um dia de atividade facultativa de trabalho e nunca se_ esquivava quando era chamado para ir viajar. Pois ele sempre fazia questão de ir com todo o prazer nos lugares mais distantes possíveis, para cumprir o seu dever de exímio fiscal.

No entanto a sua família não compartilhava tanto assim_ de seu ávido entusiasmo em que muitas vezes este cidadão acima de qualquer suspeita não tolerava de forma nenhuma: a opinião de seus familiares a respeito de seu excesso de trabalho constante e contínuo em que ele se encontrava. E que muitas vezes os seus familiares, se queixavam de sua ausência em ocasiões mais importantes de suas vidas.

Entretanto a realidade é áspera e cruel e violentamente imprevisível, e como de praxe, o seu Caxias subiu no avião todo feliz da vida, para cumprir mais uma missão de fiscalizar os todos os comércios de uma região do interior do Amazonas, de difícil acesso, onde é quase inacessível via transporte terrestre. Onde só é possível por via fluvial.

Portanto, como é muito demorado para se chegar nesses locais tão distantes, o avião é o meio mais rápido. E no entanto, Infelizmente também pode cair em pleno vôo. E acabando com anos de dedicado trabalho e de esforços em que terá certamente outro que ocupará o seu lugar. E assim se confirma o velho ditado popular: em que a pessoa morre e o trabalho fica.