EXISTÊNCIA HUMANA 10

dezembro 06, 2022

Quem, qual e/ou quantos de nós faz uma reflexão da vida que teve? Daquela que viveu. Principalmente aqueles que atravessaram cinco, seis ou mais décadas nela? Uma autoanálise criteriosa e consciente? É bem provável que poucos de nós.

Grande parte atravessou sua existência pintando bolinhas brancas, de preto. Mas sem sequer indagar por que o fez ou fazia. E para que serviria tal mister. E se o tivesse feito, teria alterado bastante seu rumo na vida. Porque seria bom que fôssemos cientistas. No sentido de indagar sobre tudo o que há nessa vida. Por quê? Para que? Onde? Quando? Quem? Enfim, buscar saber tudo nos mínimos detalhes.

Mas talvez exista aí um bloqueio qualquer, invisível, que nos contenha. Evite que descubramos tudo. Ou quase. E sabemos que são raros aqueles que podem ser considerados apurados em seu viver. Só uns poucos, raríssimos. E vida que segue.

No entanto, tal exercício pode até nem ser lá tão positivo. Isso porque poderá nos mostrar nossos equívocos nela. Nossos erros, propriamente. E isso é um fato para machucar a muitos, por não verem seus desfechos e alcances chegarem a pleno sucesso. Talvez só até perto disso.

E uma coisa deve ficar definida e ajustada. Ter a plena certeza de que, mesmo com certos equívocos, tenhamos realizado quase tudo dentro da convicção da verdade, sem causarmos prejuízos a algo ou a alguém, principalmente. Mesmo que saibamos que essa hipótese pode ser remota. Afinal, não conseguimos evitar falhas. Nem que seja uma, apenas.

Uma pena é saber que a vida é extremamente complexa. E a reboque vai o indivíduo que nela vive. Entre quase oito bilhões de seres viventes neste planeta, há o mesmo número de ideias, porque cada um desses seres pensa de um jeito. Nisso, pelo menos, forma-se grupos com o mesmo entendimento. Mas são muitos deles. E aí está a conclusão. E a confusão.