Efeito rebote
Qual a motivação para a violência comportamental? Ciúmes? Inveja? Falta de amor próprio? Relação de poder? Cultura do desespero ou ódio? Nunca saberemos, o fato é que algumas pessoas têm uma inclinação para constranger o outro, seja de forma desrespeitosa ou acintosa, e ainda por vontade de mostrar uma relação de superioridade.
A famosa expressão “foi sem querer “ tem mais intencionalidade do que se pensa, visto que, uma simples brincadeira aciona o gatilho da raiva. Tem gente que vive de oportunidade e, no primeiro momento, aproveita a chance para descarregar suas frustrações mostrando sempre quem é que manda. Essa vontade sem freios de inibir e retrair a alegria do outro, não é nada saudável, pois só quem vive em guerra interior luta para matar a paz.
Tem indivíduo que pelo medo ou pela incapacidade de esboçar coragem esconde-se na figura de frágil, mas tem atitude cruel e sarcástica. Sempre torcendo contra, envenenado em dose homeopática e nunca assume uma posição. É a tão sonhada zona de conforto; uma nuvem de acomodação. Nela, o indivíduo pode deitar, rolar e sonhar, mas nunca realizará nada.
Outros indivíduos, os sombrios, vivem se esgueirando e camuflados, não despertam muita atenção, e quando menos espera-se, eles atacam. Não faço alusão aqui a ação e reação, entretanto, aos indivíduos que escolhem ferrar com a vida de alguém por maldade ou inveja. Brincadeira é sinônimo de diversão, e não é divertido brincar com o sentimento do outro.
Será que conduzir a vida de um jeito mesquinho e perverso traz prazer? Que paladar é esse amargo, ressentido e intimista? Carregar o estigma de Narciso não pesa à consciência? Ter um pouco de empatia causa repulsa? Fazer o bem, sem barganha, gera prejuízo de valor? Fazer uma liderança negativa te faz temido ou amado?
Orar a Deus por socorro enquanto tortura alguém, no mínimo, é loucura. Muitos vão até o sagrado cultuando o lado profano, fazendo seu próprio inferno, e o outro que é o diabo. Essa transferência de culpa e responsabilidade não é uma questão financeira, porém, de caráter. O espelho de Narciso não passa de ilusão; melhor seria um reflexo que inspirasse, pois o exemplo não é pelo discurso, mas pelo exemplo.
Sim, nossas ações falam por nós, e o que tentamos esconder, a nossa verdadeira identidade, nos trai de um jeito ou de outro. O desespero para sobreviver não pode ser pautado na dor alheia; pense nisso! Além do mais, o indivíduo para ser considerado como referência tem que cuidar de sua própria vida e descobrir dentro de si o verdadeiro caminho para a felicidade.
Não desperdice sua única chance neste mundo semeando maldade, colecionando mágoas e sabotando os seus dias de flores.