"Ninguém é igual a ninguém"
Ninguém é igual a ninguém.” Será? Os Engenheiros do Hawaíi, banda de rock brasileiro que, no início dos anos 90 cantavam em grandioso sucesso, onde os jovens e fãs entoavam suas músicas, em especial essa, estourados nas paradas de sucesso, não pelo seu contexto musical, mas talvez pela cabeleira loira e expressão vocabular gaúcha do seu vocalista Humberto Gessinger.
Tempos depois, aquela geração se pergunta: Será mesmo que somos tão diferentes? Não analisemos aparência física (nessa construiu-se semelhanças deveras), mas no comportamento humano e outrossim, em pensamentos.
Na escola naturalista, o ser humano era visto como produto do meio, decorrente da raça, ambiente e hereditariedade. Logo somos iguais naquilo que tange o condicionamento social, o estereótipo de inferioridade e a herança de submissão diante da elite.
Na Filosofia Moderna, diz que “Pensar é criar [...], mas criar é antes de tudo, engendrar, pensar no pensamento.” Mas será que nossa forma de pensar e estar no mundo não nos fazem iguais? O medo do outro, autoafirmação em redes sociais e as maledicências humanas tudo isso imbuído em aspectos pessimistas, em que nos tornamos iguais dia após dia, lamentavelmente.
Por fim, se pudéssemos reescrever a melodia dos Engenheiros para o Século XXI, cantaríamos mais ou menos assim: "Alguém sendo igual a alguém.”
* Engenheiros do Hawaii, banda brasileira de rock, formada em 1985 a 1996 / 1997 a 2008. na cidade de Porto Alegre – RS. Seus principais componentes e fundadores da banda são: Marcelo Pitz, Carlos Maltz, Humberto Gessinger e Augusto Licks.