Comunismo no Brasil
Desde o início da última metade do Século XIX ouve-se o termo 'comunismo' no país. Os primeiros movimentos abolicionistas realmente organizados, depois de mais de trezentos anos de escravidão, foram chamados de comunistas pelos cidadãos de bem da época (os fazendeiros, proprietários de terras ganhas do Estado, e donos de escravizados), porque, lutavam contra o direito adquirido de propriedade dos cafeicultores do Vale do Parnaíba e de Minas Gerais.
Quando da promulgação da Lei Áurea, os abolicionistas queriam que os negros fossem indenizados, porque, com a Lei do jeito que se fez, apenas mudava-se de escravidão. Os negros, em quase sua totalidade, analfabetos, e sem dinheiro, não teriam como sobreviver com dignidade. Novamente, os cidadãos de bem lutaram contra esta ideia comunista de indenizar o negro liberto, porque, na ótica deles, eles, os escravizadores, é que deveriam ser indenizados por perderem suas propriedades e sua capacidade produtiva.
À época das duas Grandes Guerras, ouviu-se em todo o país sobre o perigo do fantasma do comunismo (comunista comia até criancinha que ficasse sozinha na rua!); até que no início dos anos 1960, houve o golpe militar para impedir o comunismo no brasil.
Sempre que as oligarquias brasileiras, as elites tupiniquins, sentem-se ameaçadas de seus privilégios, ou de terem que dividir parte do bolo, difundem a ideia do perigo do comunismo no país. A verdade é que esta mentira sempre dá certo: as duas últimas eleições presidenciais provam isto.
Nunca houve a menor possibilidade de implantação da ideologia comunista no país. O presidente eleito nunca foi comunista: os dois mandatos dele foram sustentados pelo capitalismo.
Em terra de gente que se vangloria de nunca haver lido um livro, é claro que estas baboseiras fazem eco e alimentam as mentes incautas e medrosas, dando asas para os aproveitadores e para a perpetuação dos eternos donos dos poderes político e econômico.