Uma leitura deste século
Aprendi que uma boa leitura é a do mundo. O que confirmei numa dessas tardes frugais em que você se perde no burburinho das horas e gentes da cidade.
Sempre distraída, de repente vi uma garota moderninha passar à minha frente, toda tatuada. O que me levou a pensar, no que, de repente, eu lia em suas páginas expostas em braços pernas, pés e em outros jovens, nos rostos.
Assim, constatei que, de fato, estamos numa nova era, aprendendo novas formas de linguagens.
E esta linguagem das histórias em quadrinhos e heróis perpetuados na pele jovem, deixam à mostra páginas inteiras do que é vivenciado por eles, seus tesouros, seus sonhos, seus limites. O que pertence a um, é também da maioria.
É comunicação instantânea, colorida, midiática e direta, que dispensa palavras; contudo continua falando de si, dos momentos importantes e comuns do grupo, no silêncio dos acasos.