Derrotas...

Há um ano publicava este texto ainda sob efeito da derrota em Montevidéu...

Perdemos! Fomos derrotados na final da Libertadores, o sentimento de frustração e raiva destroça o torcedor como a morte de alguém querido. Ficar sem rumo, desnorteado à beira da amargura, náufrago num oceano em tormenta. Rememos! Se há 126 anos o Pherusa afundou com os 6 primeiros rubro-negros e nunca desistiu diante do fracasso, não seremos nós que desistiremos do combate.

O torcedor rubro-negro está triste, óbvio!, mas, digo aos jovens torcedores, essa dor que sentimos agora não é inédita. Infelizmente colecionamos fracassos, derrotas amargas e perdas de títulos inacreditáveis. Faz parte do Flamengo maltratar o coração do torcedor. Infelizmente a máxima da década de 80 foi perdida, "se deixar chegar, fodeu". Cito aqui algumas frustrações de que me lembro, sem contar estaduais, principalmente o gol de barriga do dublê de treinador que tivemos neste ano.

Eu tinha 12 anos quando vi o São Paulo nos derrotar nos pênaltis na final da Supercopa Libertadores por 5x3; depois o Grêmio, em 1997, dar a volta olímpica num Maracanã incrédulo. Tristeza com as derrotas, em 2001 o San Lorenzo nos tira o bi da Copa Mercosul novamente nos pênaltis; O Cruzeiro nos castigou duas vezes na Copa do Brasil, 2003 e 2017; assim como a vexatória derrota para o Santo André, em 2004, perdendo a final e a dignidade. Ainda em 2017, na Sul-americana, amargamos o vice para o Independiente, de novo no Maracanã. perder para o Liverpool a final do Mundial foi ruim, mas sabíamos o quanto era difícil vencer os europeus, mas tentamos e saímos de cabeça erguida.

A derrota para o Palmeiras neste sábado foi dura, tínhamos um time melhor, talentos individuais, mas um treinador fraco, turrão, limitado... Perdemos, e dói. O sentimento é terrível mesmo, mas já passamos por isso outras vezes e sempre superamos as derrotas, não só em finais.

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