O PASTEL DO YAMASHIRO

 

A feira acampada do Alto da Glória, em Curitiba é, há muitos anos, um sucesso. Ela ocupa, praticamente, todas as quadras da Rua Alberto Bolliger. Ali se vendem desde frutas e verduras, legumes e cereais até calçados, roupas, utensílios domésticos, perfumes, brinquedos e flores naturais.

 

É de um colorido fascinante, para onde acorrem moradores do Bairro Juvevê e de outros, próximos. Ela fica a uma quadra de onde moro e todo sábado bato ponto naquele ajuntamento e burburinho. Só deixei de visitá-la durante a Pandemia. Ali encontro de tudo o que preciso para preparar meus pratos de comida caseira, fios e acessórios para minhas costuras e mudas de temperos e flores para o jardim.

 

A feira começa bem cedo, antes das 7:00 e termina lá pelas 14:00 h, quando as barraquinhas são desmontadas e outra turma, a da limpeza pública, chega para varrer e lavar a via, entregando-a limpa e desimpedida para o tráfego de veículos, restabelecendo sua função de artéria importante para escoar o trânsito a outros ramais da região.

 

Há os frequentadores que comparecem bem cedo para tomar seu café nas mesinhas e cadeiras das tendas pasteleiras e outros que chegam mais tarde para o almoço. Não é o meu caso, vou cedo para evitar aglomeração, mas não para tomar café ou almoçar. Compro algo pronto para o almoço em casa. Comumente, há fila no Pastel do Yamashiro, o melhor da feira. Os atendentes correm de um lado para outro a servir as mesas ou cobrar no caixa o pagamento daqueles que querem levar o alimento para casa. Nessa barraca compro pastéis especiais, grandes, recheados com carne, queijo, ovo, azeitona e temperos. Assim, faço somente arroz e salada, em casa, como acompanhamentos. Uma delícia, que me salva de fazer um almoço completo no sábado. Aliás, se não compro pastel, sempre tenho a opção, em outras barracas, de uma lasanha, um frango assado, pierogi, bolinho de bacalhau, empadão de frango ou palmito...é um privilégio ter essa feira pertinho de casa.

 

Como não amar as cores e os cheiros da feira? O vozerio dos feirantes apregoando seus produtos? As vozes dos frequentadores? Os perfumes das flores, os cheiros das frutas? A música do casal de cegos?

 

Que diverso e rico é nosso país! Que fartura há na feira!

 

 

 

 

 

Aloysia
Enviado por Aloysia em 28/11/2022
Reeditado em 28/11/2022
Código do texto: T7660007
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