Colapso

Demasiadamente imobilizada

Com minhas estruturas

trepidadas

suava frio

e o sangue das minhas veias

em ebulição

corriam mais rápidos

que um táquion

junto com meu coração

Em um espaço tempo

irreal,

estranho

e escuro

estava eu em outra dimensão

em um estado de turbulência

sem cinto de segurança

abduzida e sendo torturada

pelos meus próprios eu’s

eles lutavam muito para fugir

tentavam enganar a si mesmo

mas eram vencidos pelo medo

que disparava o alerta vermelho

na minha nave

não íamos escapar tão cedo

eu tentava me comunicar

com a minha mente

mas não importa o quão longe eu vá

e o quão longe ficamos

nesse momento ela nunca me escuta

quer brincar comigo

me cansar

até me esgotar

Faz tanto barulho lá dentro

que me deixa inquieta e aflita

querendo fugir de mim e chorar

mas sem rumo, sem direção

não dá para sair

girando em torno de um caos

com muita náuseas

a falta de comunicação da pane

em todo meu sistema neural

tudo muito caótico e rápido,

ao mesmo tempo

como a marginal em horário de pico

e eu com altos picos de adrenalina

a mais de 200km por hora

tentando voltar para minha consciência

e sobreviver a mais uma

trágica e maldita viagem.

Angel Reh
Enviado por Angel Reh em 23/11/2022
Reeditado em 24/11/2022
Código do texto: T7655973
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