Colapso
Demasiadamente imobilizada
Com minhas estruturas
trepidadas
suava frio
e o sangue das minhas veias
em ebulição
corriam mais rápidos
que um táquion
junto com meu coração
Em um espaço tempo
irreal,
estranho
e escuro
estava eu em outra dimensão
em um estado de turbulência
sem cinto de segurança
abduzida e sendo torturada
pelos meus próprios eu’s
eles lutavam muito para fugir
tentavam enganar a si mesmo
mas eram vencidos pelo medo
que disparava o alerta vermelho
na minha nave
não íamos escapar tão cedo
eu tentava me comunicar
com a minha mente
mas não importa o quão longe eu vá
e o quão longe ficamos
nesse momento ela nunca me escuta
quer brincar comigo
me cansar
até me esgotar
Faz tanto barulho lá dentro
que me deixa inquieta e aflita
querendo fugir de mim e chorar
mas sem rumo, sem direção
não dá para sair
girando em torno de um caos
com muita náuseas
a falta de comunicação da pane
em todo meu sistema neural
tudo muito caótico e rápido,
ao mesmo tempo
como a marginal em horário de pico
e eu com altos picos de adrenalina
a mais de 200km por hora
tentando voltar para minha consciência
e sobreviver a mais uma
trágica e maldita viagem.