O homem da calçada
A dureza o fez assim..... dia após dia vaga pela rua, praças, bares, e restaurantes, repleto de gente que não o enxerga.
Como se fosse protegido por uma carapaça todo embrulhado que envolto isola seu corpo, elas não podem enxergar, ouvir seus gritos de socorro, e muito menos podem ver no seus olhos o homem desesperado que esta a sua frente.
Mas ele ao contrário dos demais pode vê e sentir, o ar quente que vem da calçada, o vento morno balançando as folhas das árvores, e a indiferença o pouco causo das pessoas.
Para disfarçar a fome, a fraqueza profunda que começa turvar sua visão, ainda tem força de acompanhar o voo do pássaro que baila no céu azul, e sonha ser livre quanto ele.
Nesse mundo em transe, um silêncio que chega doer, porém a natureza abraça-o permitindo que aquela quietude venha trazer paz que tanto necessita.
Um prato colorido, uma mesa repleta de assados, guloseimas, combinando com a toalha onde os desenhos grandes do cacho de uva, sexto de maçãs, pencas de peras, todas enfeitando aquele jardim do banquete na sua frente.
Lentamente o reflexo vai aumentando tornando um clarão e uma luz fortíssima, esta encostado num muro perto de um poste, alguém aproxima com uma marmita, deixa perto dele, e vai embora sem dizer nada.
Antes de comer agradece, entendeu a mensagem, neste mundo todos temos um propósito, é preciso aprender e ensinar, acreditar que sempre tem um ser superior no comando, e que no tempo ele proverá, sempre fiel à própria natureza, mas também é fiel as ações, tornará vitoriosas e cristalinas a nova vida basta ir a luta e acreditar.