Trem da vida
Uma analogia do trem que move a vida, ou a vida que faz o trem mover. La vem ele, nos entusiasmando a nos mexer.
Quando chega na estação, abrir-se as portas a fim de adentrarmos no seu vagão, e rumar para o destino traçados, na vida, somos passageiros que ao subir um dia temos que descer dele.
Nesta viajem pela janela podemos ver, paisagens arquitetônica, veredas verdejantes, terras degradadas, e ouvimos suas freadas diante dos perigos.
No trajeto os riachos secando, os solos expostos ao escaldante sol, sem cobertura a chuva e o vento desertifica cada vez mais aquela que um dia foi florestas e rios de águas clarinhas. Infelizmente deixa o ar pesado, e que poderia ser um perfume das rosas para uma crônica bonita, se transforma em momento de pura melancolia.
A locomotiva segue tranquila, mostra na sua força, coragem chega soltar fumaça escura, ao entrar na cidade uma dicotomia de um povo, de um lado prédios bonito, ruas arborizadas, do outro casebres, emaranhado de fios nos poste, sem infraestrutura um abandono total.
Passado distante, presente a leveza parece até voar, de tão macio e calmo nem sente os impactos das rodas no trilho.
Pode ser que um dia o transporte será sem ajuda do trem, simplesmente com nosso corpo. Mas até chegar esse dia vamos viajando a espera de uma ordem que temos que descer sem direito de questionar, entrar com recurso na primeira instância ou segunda, nada de habeas corpus.
Vamos fazer que nosso trem seja agradável, que possamos estar pronto quando chega o destino final, e se antes podíamos ouvir o barulho das rodas, agora voa numa velocidade incluível mas este nem tem asas moderno, nem o atrito do ar se pode ouvir, como essa locomotiva é fenomenal, a resistência do vento ao ver sua presença se anula.
Tens conhecimento desse material, as ferramentas estão sendo distribuídas, com os adventos de muitas idas e voltas, cada viagem uma nova roupagem, os homens de coração duro enferrujado pelo tempo, agora nova aparência.
Essa renovação que todos nós precisamos passar por ela, uns mais, outros menos.
Porém precisamos melhor nossa estadia nesse trem, que todos tenha o mínimo de conforto, e assim regozijar nossos corações, pela existência dele, e completar o trajeto sem precisar fechar os olhos por contemplar coisas desagradáveis em quando viajamos.
Precisamos de momentos alegres sim, todavia somo-me aos que lutam para combater as injustiças do mundo escrevendo, desenhando, mesmo que seja, às vezes, com um pouquinho da acidez do limão, levantando as poeiras da vida. Sei, todavia, que é preciso fazer dele uma limonada, porque não há de se perder a ternura, nem a esperança.