Tenra infância

Com olhares desconfiados,

sempre brincávamos na rua, esperando a qualquer momento um vizinho sair as pressas gritando; brinquem "mais pra lá ", mas bem sabíamos que" mais pra lá" iriam dizer a mesma coisa em pouco tempo.

Ser criança era fácil e não era... Éramos livres dentro de nós mesmo, pequenos sonhadores, e grandes inventores.

Quem não lembra? quem não há de lembrar das figuras marcantes que não fugiram ao nosso olhar de criança. Vejam só; seu Valdenor e sua bodega é uma dessas figuras inesquecíveis...

Ah!!! Como gostava e sonhava encher meu álbum de figurinhas, até ganhei um prêmio supimpa... Meu binóculos! Foi um sucesso só, minha inocência era o suficiente para enxergar as estrelas bem perto através de suas lentes miraculosas e aquele senhorzinho tão simpático jogava brilho nos sonhos da meninada que chegavam ao seu balcão, onde o mais alto objetivo era a figurinha premiada... Saudades da tenra infância.

E o que dizer do pipoqueiro Rodrigo, ou o vendedor de chegadinha... Esses traziam aos dias um sabor especial, tal como eles, era o vendedor de puxa-puxa no recreio da escola, crianças alvoroçadas pelo doce feito naquela hora.... Saudades da tenra infância, que não me deixam esquecer, de como eu fui criança, de como foi bom o ser!

Sem contar daqueles parentes, que não tem parentesco algum, exemplo disso é Vó Tercília, pois tanto gostava de crianças que mais netos lhe acrescia.

Infância oh tenra infância!!!

Foste meu melhor brinquedo,

Corri bem livre na chuva, disputando biqueira na rua,

Jogando bola fazendo bagunça, sendo criança, isso era fortuna.

Cláudia Menezess
Enviado por Cláudia Menezess em 21/11/2022
Reeditado em 18/07/2024
Código do texto: T7654646
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