A mesma pessoa em duas fases de sua vida. Numa delas estava descobrindo o mundo, se conhecendo, tentando dar alguns passos por caminhos ainda não percorridos. Tinha muito chão pela frente pra errar, recuar, contornar ou prosseguir se assim quisesse. Pouco sabia dos mistérios da natureza humana e pouco entendia das regras do jogo, de todos jogos. Tinha muitos sonhos a construir, alicerçar, viver. Quando olhava pra trás via poucas pegadas, sinal de que deixou muitas caminhadas não terminadas. Alguém cheio de medos, angústias, fantasias. Dependia dos outros pra sobreviver. Mas no fundo sabia que precisava crescer pra ocupar seu lugar. Que teria muito a aprender, muitas cabeçadas a dar, muitos fracassos a se lambuzar até chegar onde quisesse. Ainda teria que encontrar sua fé, sua alma, seu eu. Estou falando do cara da direita.