NEM COM AÇÚCAR...

"Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que este." (Marcos C 12 V 31).

Essa passagem da Bíblia aconselha a amar o próximo como a nós mesmos. Mas e quando o próximo vale menos do que aquilo que nós e os animais excretamos (até por que pelo menos dá pra aproveitar m... pra adubo, mas hay pessoas que nem pra adubo servem).

Que me perdoem os religiosos, mas tem gente que não engulo nem com laxante. Posso até fingir que aceito, mas nem sempre: alguns eu faço voltas pra não passar na frente. E não é medo, é náusea mesmo. Algumas pessoas nasceram e a humanidade inteira ou parte dela lamenta. Falei parte da humanidade, afinal, é preciso supor que essas pessoas abomináveis tem amigos. Não é soberba: é falta de paciência para aturar pessoas intragáveis.

E não quero que todos me aceitem: se eu não tiver pelo menos um ou dois desafetos, hei de supor que sou um anjo ou uma pessoa morna, que não esfria nem esquenta. Pra anjo não sirvo, pois só eu sei dos meus pecados. Os que cometi e os que inda vou cometer. E Deus me livre da mornidão! Até Cortella já criticou as pessoas mornas, portanto não quero ser morno nem aqui nem em uma próxima encarnação.

Forando isso, sobrevivemos. Aos pulhiticos de plantão. Ao mau gosto da música brasileira na atualidade. Ao pega pra capar da vida diária, onde saímos de casa para trabalhar sem saber se voltaremos íntegros. Por que inteiros nunca voltamos: quem volta para casa ao fim do dia sem uma questão não resolvida? Que atire o primeiro dia sem conflitos ou problemas aquele que pôs a cabeça no travesseiro sem ter passado por pelo menos um perrengue.

Por que perrengues existem. Para testar a nossa capacidade de se adaptar sem avançar com dentes ou próteses na jugular de quem estiver mais perto.

Mas convivemos relativamente bem com quem não suportamos.

Por que se pudéssemos expor o que realmente sentimos pelos que vemos ou convivemos todos os dias, gostando ou não, a taxa de assassinatos subiria de forma astronômica. A minha felicidade é que convivo com mais pessoas aprazíveis do que desprê.

Mas acredito no amor, apesar de minhas postagens apontarem contra isso.

E na convivência pacífica, que nada mais é do que conviver com quem temos afinidade e suportar os que sobraram.

Mas certas pessoas, nem com açúcar...